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POR QUE ME TORNEI PROFESSORA?
A forma mais apropriada não é responder à pergunta acima, mas, sim, afirmar categoricamente: EU NASCI PROFESSORA.
Meu avô materno era professor de psicologia, quando esta especialidade ainda lutava para ser reconhecida como profissão. Minha mãe foi, por 35 anos, professora primária no Instituto de Educação “Carlos Gomes”, conhecida à época como Escola Normal. Ela tinha, também, a missão de acolher estagiárias do Curso Normal em sua sala de aula. No início, como observadoras, mas, antes destas concluírem o curso, eram orientadas, avaliadas em suas práticas pedagógicas durante aulas eventuais, construíam planejamentos anuais e planos de aula, escolhiam recursos didáticos, praticavam regência supervisionada e participavam da avaliação e registros da aprendizagem dos alunos.
Estudei na Escola Normal dos 6 aos 18 anos – da pré-escola até concluir o magistério. Naquele espaço, tive uma convivência muito feliz com todos – da limpeza à direção. Fui muito incentivada por todos, pois havia muito respeito, orgulho e admiração pelo professor primário.
Hoje, meu filho é professor de inglês e minha filha, apesar de formada em administração de empresas, optou por sua segunda graduação: Pedagogia. É professora e ama a profissão.
Minha formatura foi em dezembro de 1968 e em janeiro de 1969 ingressei por concurso público como professora em parque infantil da Prefeitura de Campinas. Àquela época, a pré-escola construía o alicerce para um desempenho satisfatório, eficiente e consistente no curso primário (1ª à 4ª séries).
Por que continuo sendo professora? É fácil responder. Sou apaixonada por minha profissão. Nunca, em momento algum, por mais que ser professora tivesse perdido o glamour, o respeito e até a dignidade profissional, tive qualquer arrependimento da minha escolha. Sou muito feliz com o que faço.
Minha maior paixão é a educação infantil, pela convicção de ser o espaço mais significativo e efetivo de transformação social. Nela reside um dos maiores vazios das propostas educacionais e, talvez, a mais contundente causa do fracasso e da evasão escolar no ensino fundamental.
Considero a educação infantil o espaço pedagógico capaz de construir o cidadão ativo, crítico, participativo nas transformações sociais e um multiplicador capaz de inserir-se socialmente como cidadão.
(...) o indivíduo sem uma instrução formal que o impulsione ao uso e controle das ferramentas disponíveis para uma leitura do mundo, uma postura crítica diante dos fatos, e inserida na transformação social, é um sujeito facilmente manipulável, tal qual uma criança. [1]
Rita de Cássia Sales Giraldo
[1] Paulo Freire, 1987.
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